segunda-feira, 3 de abril de 2023

O Mascote Paraquedista Gaúcho - 1954

O Mascote Paraquedista Gaúcho - 1954:

O DECRETO-LEI No 8.444, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1945 criou a Escola de Paraquedistas (Núcleo de Formação e Treinamento de Paraquedistas do Exército). Em agosto de 1952, foi transformada em Núcleo da Divisão Aeroterrestre. Até o final de 1952, ou seja, após seis anos de existência da Escola de Paraquedistas e três anos de funcionamento dos seus cursos, 811 voluntários haviam sido habilitados como paraquedistas militares.

Esse desenho abaixo foi feito em 1954 pelo soldado MANDURÉ, gaúcho do Regimento Santos Dumont (marcado no foto que ele estava na Guarda de Honra que recebeu o General Zenóbio). 


Era sua iniciativa criar um mascote para a gauchada que 
servia na Brigada Paraquedista no Rio de Janeiro, então Capital do Brasil.


ALMANAQUE PÁRA-QUEDISTA MILITAR BRASILEIRO:

Breve #1286 - Sd João de Deus Manduré - Turma 1954/2.


Nasceu em 1935 em Porto Alegre.


Depois de sair do Exército, foi dono e fundador da boate/sauna Karan D'Ache, em Porto Alegre. No final dos anos 60 e início de 1970, Porto Alegre viveu um despertar boêmio, com a abertura de diversas boates. Pelos palcos e pistas da Karan D’Ache, desfilaram artistas locais, nacionais e internacionais, autoridades, misses e atletas. O local funcionava 24 horas, oferecendo banhos de piscina, sauna seca e úmida, academia, massoterapia, refeições no restaurante internacional, boate e até boas acomodações de hotelaria. 

No dia 05 de junho de 2022, a boate que marcou época na capital dos gaúchos sairá de cena com uma grande festa de encerramento. Encerrou as suas atividades, após mais de meio século, a casa noturna que divertiu e embalou a fantasia de porto-alegrenses e visitantes de todos os estados e países. As imponentes muralhas de pedras e seus antigos portões de ferro fundido ainda abrigam o empreendimento, idealizado e construído nos anos 70, pelo empresário João de Deus Manduré, falecido em 2015. Desde então a administração da casa ficou a cargo de seus filhos que mantem o espaço, enfrentando crescentes dificuldades do segmento. 

Gerações de frequentadores tiveram a oportunidade de ver e apreciar as ambientações e decorações, inusitadas para a época, como um “Olho” gigante esculpido em uma parede, onde uma bailarina dançava dentro da imensa íris de acrílico. Um “Túnel Mágico” de, aproximadamente, vinte metros, cravejado de pedras semipreciosas, multicoloridas, a porta de um submarino dá acesso ao “Salão Floresta Encantada”, decorado com árvores de tamanho natural, uma imensa “Cascata”, o bar fica dentro de um “Castelo”, ao fundo uma “Cabana”, que nos remete à infância e onde estão as assinaturas de artistas e celebridades que por ali passaram. Na parede, um imenso “Painel Infinito”, “onde, como se fosse um passe de mágica, o amanhecer chega mais depressa e a noite chega mais ligeira”, palavras ditas no “Show Karan D’Ache, o Mundo à parte, onde as estrelas são buracos pelos quais a chuva cai!”

Essa fotografia e muitas outras inéditas, bem como, esse desenho, estão num álbum de recordações desse militar e agora no nosso acervo.

Assim é a nossa Missão: resgatar, preservar e divulgar a nossa história!

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