quinta-feira, 28 de abril de 2016

Distintivos do Brasil na Segunda Guerra

Distintivos do Brasil na Segunda Guerra:




Existem três versões para a origem do desenho "Cobra Fumando", estas são:



1. O Brasil foi neutro até 1942. Até este ponto, o presidente do Brasil, Getúlio Vargas, disse que "cobras fumaria" antes de o Brasil entrou na guerra. Esta é uma expressão no Brasil como "porcos vão voar" nos Estados Unidos e na Europa.

Mais tarde, uma série de incidentes envolvendo o naufrágio no Atlântico por navios brasileiros pelos nazistas, o Brasil declarou guerra à Alemanha 22 de agosto de 1942.

Desde que o presidente do Brasil disse que "cobra fumar" antes de o Brasil entrou na guerra, a Força Expedicionária Brasileira adotou o slogan "Cobra Fumando", virando lema da sua unidade. Após este lema se tornou o símbolo da unidade através de um emblema de pano que foi costurada no uniforme dos soldados.

2. O ditador AH disse que seria mais fácil de ver uma cobra fumando um cachimbo que ver o Brasil lutando na Europa. Poucos meses depois de os brasileiros foram incorporados em 5º Exército dos EUA e o major norte-americano Vernon Walters, oficial de ligação ao comando brasileiro que falava fluentemente o português, sugeriu que as tropas do Brasil deveriam ter sua própria identificação distinta como os americanos usavam. As tropas brasileiras havia embarcado para o exterior com um simples distinto que teve apenas o nome do seu país de origem "Brasil" em um pano na forma de um coração em verde.

3. Por outro lado, há muitos veteranos da FEB que alegam saber de outra origem para a história, e aí então a “verdadeira” inspiração para a expressão se deve ao trem apinhado de soldados que serpenteava pela serra soltando fumaça; ou ao sargento irascível chegado num cachimbo ou ao praça que, fumando durante treinamento, percebeu a aproximação de oficial, jogando para a grama a bituca de cigarro que continuou a exalar fumaça, dando a impressão de um ofídio tabagista que espreitava os soldados em campo. Quem já conversou com veteranos provavelmente ouviu também essas versões – eu já ouvi as três, além de pequenas variações. A versão do trem é geralmente associada aos veteranos do 11.o RI. É importante assinalar: cada uma das versões remete a um grupo específico de soldados, de número restrito, um pequeno grupo que teria tido o privilégio de testemunhar o surgimento de um dos mais expressivos dizeres da cultura nacional.

Qual das versões seria a “verdadeira”?

Em primeiro lugar, é necessário lembrar que essa anedota ficou conhecida por todo o Brasil durante os anos 40. Na verdade, muito bem conhecida, a ponto da expressão motivar o distintivo de braço da divisão brasileira que lutava na Itália. Levando em consideração a popularidade da anedota, fica difícil acreditar que um episódio ocorrido em quartel e testemunhado apenas por um pequeno grupo de soldados, limitado aos círculos da vivência militar, se tornasse tão amplamente divulgado por todo o país em um lapso de tempo tão breve. O mais provável mesmo é que se popularizou a idéia de que Hitler proferiu as palavras e involuntariamente levou o crédito pela expressão que simboliza a participação do Brasil na guerra. Mas teria o líder da Alemanha Nazista realmente externado esse despeito depreciativo sobre um país como o Brasil? Provavelmente não.

Não há um único registro, documento, discurso ou evidência mais sólida de que Hitler realmente tenha dito isso. É bem mais possível que a anedota tenha surgido no Rio de Janeiro, como uma piada que se alastrou pela eficácia de seu sentido. Difícil até dizer se foi um tiro da Quinta Coluna que saiu pela culatra.

Mas de qualquer maneira, as chances são de que a expressão originou-se das conversas populares, e não dos restritos círculos militares, já que o jargão de quartel dificilmente se espalharia pelo território nacional com tanta rapidez.


Fonte: https://cobrafumando.wordpress.com/2009/08/31/uma-pergunta-sobre-a-cobra-fumando/

Este distintivo verde foi criado em 1943:



Estes "Coração Brasil" foram usados no pré-embarque no Brasil ...



 ... e depois na Itália. Muitos estavam em uniforme em combate:





O  Major norte-americano, Vernon Walters, (imagem abaixo a esquerda com o Gen Mascarenhas de Moraes ao centro)  esperava  criar um distintivo para as tropas brasileiras que serviria para elevar 
o moral da divisão, e ele estava correto.


A ideia ganhou força com a visita do então Ministro da Guerra a Itália.


"A coisa mais importante para os soldados brasileiros foi a visita do Ministro da Guerra, general Eurico Gaspar Dutra, em 17 de Outubro, não só porque a sua presença no campo de batalha levantou o moral das tropas, mas que ele criou o distintivo expedicionário da FEB, identificando brasileira soldados desde então. General Mascarenhas de Moraes, em seu livro, explicou como isso aconteceu:

"O general Dutra queria assistir de perto as tropas do general Zenóbio em ações de combate no Serchio Valley. Ele foi para a linha de frente, nas trincheiras e postos de combate. ... O Ministro da Guerra passou com as tropas, almoçando na linha da frente e ver o início do ataque, a fim de melhor avaliar a capacidade de combate de nossos homens. Tendo observado que as divisões americanas usavam um símbolo especial (distintivo de ombro), que distinguiam as unidades entre si, ele me perguntou por que as nossas tropas não adotar esse sistema. Foi nesse tempo em que, de forma espontânea, a ideia de representar a frase "a cobra fumando" em um desenho foi criado. Este projeto foi aprovado pelo general Mark Clark".

Fonte: Revista VERDE-OLIVA, Exército Brasileiro, 
Edição Histórica, Maio-Junho de 1995, página 120.


"O Ministro da Guerra Eurico Gaspar Dutra Visita a FEB - A FEB recebeu também a visita do Ministro Eurico Dutra. A gravura mostra o momento em que o Ministro da Guerra aprovava o distintivo da “cobra fumando”. Numa homenagem ao Brasil, os Generais dos Exércitos das Nações Unidas entregaram-lhe o comando geral das operações, durante a sua estadia."

Fonte: http://segundaguerra.net/feb-estampas-eucalol/

O desenho da "Cobra Fumando"  foi concebida pelos estúdios da Disney e 
enviada à Itália (desenho da cobra abaixo):


E na tentativa de reproduzir tal desenho as costureiras italianas acharam muito difícil, simplificando para o desenho que hoje conhecemos (existe somente um exemplar com o desenho original de Disney que se encontra na coleção de um amigo).

O desenho que nós todos conhecemos foi um Sargento do Quartel General (QG) da FEB que a simplificou para as costureiras. Os primeiros exemplares foram adquiridos a partir de fontes locais italianos na área de Florença.


Existem pouquinhos registros fotográficos do distintivo da "Cobra Fumando" em combate, sendo o mais conhecido a da patrulha do heroico Sargento Max Wolf Filho um pouco antes da sua morte em combate. Eles recém tinham sido condecorados e usaram os mesmos uniformes nesta patrulha.




Houve algumas variações do distintivo da "Cobra Fumando", e os mais resistentes foram feitas por frente do próximo mulheres italianas, especialmente no início da sua utilização. O mais bem feita em Florença foram feitas por um número de diferentes artesãos.



No Brasil, estes distintivos foram feitas em máquinas em 1945, mas na Itália nunca foram feitos utilizando máquinas, somente com a mão.

Em Nápoles e Milão foram feitos um distintivo em metal chamado pelos Febianos de "latinhas":


Ao embarcar membros da 4ª Seção (logística) entregaram uma distintivo metálico a cada soldado*, de modo que não seriam da Itália sem um distintivo da "Cobra Fumando", uma lembrança da guerra.


* O Presidente da Associação dos Veteranos da FEB da minha cidade  disse-me que cada soldado recebeu 4 emblemas de metal em um saco de papel.






Depois da guerra muitos emblemas foram feitos para serem dados às esposas, mães e namoradas e, em 1949, existia um regulamento do Exército Brasileiro para fabricar os distintivos, mas somente brasileiros veteranos de guerra poderiam usá-los, mas este modelo não seguiu o projeto original feito na Itália, ou seja, estava bem mais acabado e não tinha o formato de desenho característico "S" no "pescoço" da cobra.

Versão 1949:



Alguns artigos de época:





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