quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Uniforme de Aluno - Escola Militar do Realengo (1933-44)

Uniforme de Aluno - Escola Militar do Realengo (1933-44):


O uniforme dos antigos alunos da Escola Militar do Realengo não os distinguia dos demais militares da época. Com a criação do uniforme histórico em 1931-32, o cadete passou a destacar-se de modo inconfundível, simbolizando a ligação do Exército do passado com o do presente.  

AA (Antigo Aluno) Assis - Chegou a Major Brig da FAB e 
veterano do 1º Grupo de Caça "Senta a púa" na Segunda Guerra Mundial:


O uniforme histórico tem as seguintes características: como padrão de cor, o azul-ferrete; como padrão de influência geral, os uniformes dos Batalhões de Fuzileiros de 1852.

O cordão com palmatórias e borlas foi utilizado na época do império e passou a figurar como distintivo de ano. 





A Escola Militar do Realengo, assim denominada desde 1913, quando foi criada no bairro do Realengo, no município do Rio de Janeiro, destinava-se ao preparo de oficiais a fim de suprir os quadros permanentes do corpo de tropa do Exército nas diferentes Armas, que até 1941 eram: Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia e Aviação.

O Corpo de Cadetes formava-se por: um Batalhão de Infantaria com três Companhias; um Esquadrão de Cavalaria; três baterias de Artilharia que não chegavam a ser um Grupo, porque cada bateria era de finalidade diversa, ou seja, uma Bateria de Artilharia Montada, uma Bateria de Artilharia a Cavalo e uma Bateria de Artilharia de Dorso; uma Companhia de Engenharia; e uma Esquadrilha de Aviação, ampliada essa arma, quando transferida para a AFA.

O Curso, tinha a duração de três anos, sendo o primeiro constituído das mesmas matérias e exercícios para todos os cadetes, destinado a formar o soldado de Infantaria, o reservista, e os dois anos restantes dedicados, na parte da instrução militar, à formação do tenente de uma das Armas.

A partir de 1941 passou o Curso a ter a duração de quatro anos, aumentando-se para dois anos o tempo de preparo do soldado.

Além do preparo profissional, o cadete, indistintamente de Arma, recebia um preparo intelectual cuidadoso e exigente, com a duração de quatro anos.

O primeiro desses quatro anos era o mais difícil, não só porque para o cadete a novidade em estilo de ensino era grande, como porque era neste ano que se procurava completar a seleção iniciada no exame de admissão. Tanto assim que era ele dividido em duas etapas: a primeira, denominada de Carro de Fogo, ia desde o ingresso até junho, quando o somatório dos exercícios escolares, realizados até àquele mês, em caráter eliminatório, selava em definitivo o ingresso do jovem na vida militar, sendo excluídos do Corpo de Cadetes aqueles que não logravam a média estabelecida, e premiados os demais com o recebimento do Espadim do Sabre de Caxias (40 cm, pois o sabre tem em torno de 69 cm), o Espadim é o símbolo do cadete; a segunda etapa destinava-se ao prosseguimento do primeiro ano.

Havia muitas lendas no Realengo, como a existência do Fantasma do Capitão Garance. Era tradição dos alunos dizerem que se algo sem explicação acontecia (como o sumiço de um objeto), tinha sido obra do fantasma. Mais curioso ainda, a lenda do fantasma continuou na AMAN. Ao que parece o fantasma se mudou com a escola.













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