segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Pierre-Henri Clostermann na Base Aérea de Santa Cruz

Em 08 de Agosto de 1950, a Base Aérea de Santa Cruz recebeu a visita do grande ás francês nascido em Curitiba/PR, Cmte Pierre-Henri Clostermann. Na foto Clostermann e o Cap Av Roberto Pessoa Ramos, Comandante do 1o. GAVCA, aparecem cercados de oficiais do Grupo:


 Roberto Pessoa Ramos

Nome de Guerra: Pessoa Ramos
Patente/Registro: 1º Tenente Aviador/BO-825
Nascimento: 05/05/1918,João Pessoa (PB) - Brasil
Falecimento: 10/02/1967,Vitória (ES) - Brasil
Função: Piloto de Combate
Promoções: Em 07 Mar 45, promovido a Capitão
Condecorações: Campanha da Itália, Campanha Atlântico Sul, Ordem do Mérito da Aeronáutica, Cruz de Aviação Fita A com 04 estrelas, Cruz de Sangue, Cruz de Aviação Fita B com 03 estrelas, Distinguished Flying Cross (EUA) e Air Medal com 04 palmas (EUA), Croix de guerre com palma (França), Ordem do Mérito Santos Dumont, Ordem do Mérito Militar do Paraguai, Medalha da Armada do Paraguai e Presidential Unit Citation (EUA).

Treinamento: Suffolk e Itália. Em 14 Ago 44, juntou-se ao 1º Grupo em Suffolk vindo direto do Brasil.

História: 

Ao regressar ao Brasil, permaneceu no 1º Grupo de Caça. Ensinando, aqui no Brasil, o que aprendeu como Piloto de guerra, aos Aspirantes da turma de 1945, que escolheram a Aviação de Caça. Durante 02 anos foi Comandante do 1º Grupo de Caça. Em 1953, foi designado para ir a Inglaterra se adaptar ao avião tipo Gloster Meteor, o 1º avião a jato que voou na FAB. Mais tarde já no Posto de Coronel, comandou a Base Aérea de Santa Cruz. Comandou também a Base aérea do Recife de 1958 a 1961. Entre 1962 e 1964 foi Adido Militar no Paraguai. Por onde passou, marcou sua passagem como homem e como Militar. Um dia no mês de fevereiro de 1967, estava voando com a Escola Superior de Guerra. Era o Comandante do avião C-47, no trecho Salvador, Vitória, foi seu último vôo. Quando aterrissou suavemente em Vitória, conduziu a aeronave até o estacionamento. Freiou. Com o esforço, caiu fulminado sobre os comandos do avião. A máquina parou... O Co-piloto, fez parar os motores da outra máquina... Morreu nos comandos do C-47 como um verdadeiro aviador.

Piloto de Combate da esquadrilha amarela. Iniciou a Campanha como Comandante de Elemento na esquadrilha. Com o decorrer da campanha, chegou a ser Comandante de esquadrilha. Completou 95 missões de guerra. Sua primeira missão foi em 12 NOV 44 e a última em 01 MAI 45. Em 23 ABR 45, foi ferido em campanha por estilhaços de AAé inimiga. Em 18 Jun 45, partiu de Pisa para os EUA para levar novos aviões P-47 para o Brasil.

Fonte da biografia: http://www.sentandoapua.com.br/

Cmte Pierre-Henri Clostermann

Falecido em 2006, Pierre Henri Clostermann é até hoje lembrado como um dos maiores ases da aviação de caça francesa durante a Segunda Guerra Mundial. O que poucos sabem é que este herói era também um pouco brasileiro!



Filho de franceses, mas nascido em 1921, em Curitiba, capital do Estado do Paraná, Pierre passou a infância no país e completou estudos no Brasil. Porém, pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial, foi aos EUA para cursar Engenharia Aeronáutica.

Em 1940, após a queda da França no conflito, abandonou os estudos na América e embarcou em missão para a Inglaterra, onde cursou uma escola de pilotos militares como voluntário pelos “Franceses Livres”, do icônico General Charles De Gaulle.

Graduado sargento-piloto, entrou para a Real Força Aérea Inglesa (RAF) fazendo parte da formação do esquadrão 341, unidade formada exclusivamente por aviadores franceses que ficou conhecida como “Grupo de Caça da Alsácia”.
Em julho de 1943, Clostermann obteve suas primeiras vitórias, abatendo dois caças alemães Focke-Wulf FW-190 numa mesma missão. Porém, quis o destino que ele estivesse presente ao nebuloso episódio que levou à morte de seu líder, o lendário René Mouchotte, o primeiro não-britânico a comandar uma unidade da RAF.

Segundo sua própria narrativa, ele perdeu contato visual com Mouchotte, após este ter feito uma manobra muito radical, e se envolveu em combate individual com caças alemães, abatendo um deles. Mais tarde, pelo rádio, o líder comunicou estar sem cobertura, sob ataque inimigo. Mouchotte acabou sendo abatido e morto, enquanto Clostermann obtinha mais uma vitória.

Depois disso, acabou transferido do Grupo Alsácia para outro esquadrão da RAF, passando a voar junto com pilotos ingleses. Ele participou da fase final da guerra e, pilotando caças Supermarine Spitfire e Hawker Tempest, se estima que tenha abatido mais de 30 aviões alemães – sem contar aviões, tanques, viaturas militares e outros alvos destruídos em solo.

No final do conflito, ele comandava uma ala inteira da RAF, tendo a função e posto de wing-commander (tenente-coronel). Terminou integrado à Força Aérea Francesa como primeiro-tenente – uma “deferência especial“, pois sua formação era de apenas sargento ao ingressar na atividade aérea e ele não possuía o curso superior.



Por tantos feitos, recebeu do governo britânico a Distinguished Flying Cross (DFC), a mais alta condecoração aeronáutica inglesa, além de diversas outras homenagens, inclusive comendas americanas e francesas, como a Legião de Honra, e mais tarde, a Ordem do Mérito Santos-Dumont, no Brasil.
Em 1948, ele colocou partes de seu diário de guerra num livro considerado pela crítica especializada como a melhor narrativa dos combates aéreos da Segunda Guerra: “Le Grand Cirque”, publicado no Brasil nos anos 1960 sob o título de “O Grande Circo”.

Também foi autor da obra “Fogo No Céu” (no original, “Feux du Ciel”), contando episódios baseados em atividades aéreas de outros pilotos, em diversas operações aéreas da Segunda Guerra.

Clostermann concluiu seu curso de Engenharia Aeronáutica e ainda voltou a voar anos depois pela Força Aérea Francesa na guerra contra a Argélia, o que lhe rendeu mais um livro. Além disso, teve sua patente de guerra finalmente reconhecida, sendo reformado como coronel.

Fonte da biografia: http://blog.hangar33.com.br/pierre-clostermann-um-brasileiro-na-royal-air-force/

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