terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Fotografia Original dos Blindados "Pererecas" (M3 Stuart) - Brasil em 1944

Fotografia original dos blindados "Pererecas" (M3A1  Stuart) 
do lote de 200 que chegou no Brasil em 1944.



No início da década de 1940 o crescente alinhamento entre o governo do presidente Getúlio Vargas e o Estados Unidos, resultaria em um amplo programa de assistência militar, englobando modernização de infraestrutura, treinamento de tropas e reequipamento bélico, visando assim prover a guarnição e defesa do território nacional por efetivos brasileiros. Um dos meios deste processo foi a adesão ao Leand Lease Act (Lei de Empréstimos e Arrendamentos). Nesta época o Exército Brasileiro ainda estava dotado com os obsoletos blindados italianos Ansalvo CV3-35 com pouquíssimas unidades disponíveis, assim sendo foi realizada uma encomenda antecipada ainda fora dos termos do Leand Lease de 10 carros de combate M3 Stuart que foram entregues no início de setembro de 1941.

O bom desempenho destas unidades iniciais gerou uma segunda encomenda de 20 carros de combate em fevereiro de 1942 , sendo posteriormente completadas com mais encomendas totalizando 200 unidades até 1944, ao termino do conflito o exército brasileiro viria a receber um total de 437 Stuart sendo dispostos em várias versões, entre elas : 

• M3 Type 2 Stuart MK I
• M3 Type 4/5 Stuart MK I/II
• M3 Type 6/7 Stuart Hybrid
• M3 Type 8/9 Stuart Hybrid
• M3A1 Stuart MK III/IV

Inicialmente os Stuart foram deslocados para a região nordeste, visando assim guarnecer as novas instalações militares edificadas pelos Americanos, sendo destinados a 1 e 2 Companhias Independentes de Carros de Combate Leve, que posteriormente passaria a ter denominação de 1 e 2 Batalhão de Carros de Combate (BCC), sendo sediados em Recife e Natal outras unidades localizadas nas regiões sudeste e sul também receberam algumas unidades destes carros de combate. Em agosto de 1945 todas as unidades blindadas do exército seriam reorganizadas nos moldes americanos sendo classificadas como Batalhões de Carros de Combate (BCC) e Batalhões de Carros de Combate Leve, sendo dispostas em seis unidades que seriam baseadas nas regiões sudeste, sul e nordeste, se atendo as limitações de infraestrutura ferroviária e rodoviária necessárias ao deslocamento de blindados no território nacional.

Apesar de nunca ter entrado em combate no Exército Brasileiro, os Stuart se fizeram presentes como agentes de dissuasão em vários momentos de crise politicas nas décadas de 1940, 1950 e 1960.  Por ser o carro de combate presente em maior número no pais os Stuart dotaram 34 unidades divididas entre Batalhões de Carro de Combate e Carro de Combate Leve, Regimentos de Reconhecimento Mecanizado, Esquadrões de Reconhecimento Mecanizado, Regimentos de Cavalaria Blindada, Regimentos de Cavalaria Mecanizada e instituições de ensino militares.

Desde os primeiros anos de operação, o Stuart conquistou a simpatia e preferência dos militares mais notadamente por sua simplicidade de operação e manutenção e também por sua agilidade e velocidade recebendo o apelido carinhoso de “Perereca”. O passar dos anos apresentou um agravamento constante nos índices de indisponibilidade que era proporcionado pela escassez de peças sobressalentes, esta dificuldade gerou soluções  independentes  nas unidades visando a recuperação da capacidade de operação com o emprego de peças de fabricação nacional, porem era apenas uma solução paliativa apesar da recuperação de quase 300 unidades. A adoção de grandes lotes dos novos carros de combate M-41 Walker Buldog selou o destino dos Stuart no pais, sendo que na metade da década de 1970 muitos carros foram recolhidos ao PqRMM/3 visando uma triagem para identificar quais as células em melhores condições que deveriam ser submetidas futuramente ao processo de transformação nos novos carros de combate X1 a serem produzidos pela empresa paulista Bernardini.

A última unidade a operar o Stuart foi o 16 RC Mec baseado na cidade Bayeux (Paraíba), que foi ativada em 1971 com a dotação de 16 carros de combate M3A1 Stuart que foram empregados até fins de 1987, encerrando assim uma carreira de 46 anos junto ao Exército Brasileiro.

No verso quem assina é o futuro presidente da republica Costa e Silva q tinha curso nos EUA na área de Motomecanização, mesmo sendo um oficial de Infantaria.



Fonte: http://www.armasnacionais.com/2015/12/m3a1-stuart-no-exercito-brasl.html



Distintivo:




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