terça-feira, 6 de outubro de 2020

Livro "Derrota" do Cruzador-Auxiliar "Belmonte"

Livro "Derrota" do Cruzador-Auxiliar "Belmonte"

Alguém conhece o termo “Derrota” na Marinha do Brasil?

Dicionário:

Derrota1 - Substantivo feminino

1. Espaço percorrido ou por percorrer; percurso, caminho, direção.

2. POR EXTENSÃO•MARINHA (TERMO DE) conjunto de anotações da navegação de um navio em livro próprio.

Seria então o um diário de bordo que registra toda as rotas e portos q um navio fez e de responsabilidade de um oficial de bordo.

Ligação dessa prática com um fato histórico:

Durante a Primeira Guerra Mundial o Brasil fez a abertura dos portos brasileiros a unidades aliadas e a responsabilidade pelo patrulhamento do Atlântico Sul pela esquadra brasileira foram as primeiras ações em apoio ao esforço de guerra aliado. A Divisão Naval em Operações de Guerra, comandada pelo contra-almirante Pedro Max Fernando Frontin, incorporou-se à esquadra britânica em Gibraltar e realizou o primeiro esforço naval brasileiro em águas internacionais.

Coube a Marinha Brasileira a maior, embora modesta, contribuição militar brasileira no conflito. Para cumprir as atribuições da Marinha, o Ministro, Almirante Alexandrino Faria de Alencar, determinou a organização de uma força-tarefa que permitisse a efetiva participação da Marinha brasileira na Primeira Guerra Mundial.

Aviso Ministerial nº 501, de 30 de janeiro de 1918, foi constituída a Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG), composta de unidades retiradas das divisões que formavam a Esquadra brasileira. Passaram a compor a DNOG os cruzadores Rio Grande do Sul e Bahia, os contratorpedeiros Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Santa Catarina, o Tender Belmonte e o Rebocador Laurindo Pitta.

No nosso acervo algo relacionado:

Livro "Derrota" do Cruzador-Auxiliar "Belmonte" - Um dos sete navios da DNOG na Primeira Guerra Mundial.

O Tender de Contratorpedeiros Belmonte, ex-Palmares, ex-Valesia, foi o terceiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem as cidades homônimas da Bahia e Pernambuco. O antigo Navio Mercante alemão Valesia, foi construído pelo estaleiro A.G. Neptun, de Rostock, Alemanha em 1912, tendo o numero de casco 326. Com a entrada do Brasil na 1ª Guerra Mundial, foi apresado quando estava atracado em Santos em 1917. Esteve incorporado ao Lloyd Brasileiro com o nome de Palmares. Foi incorporado a Esquadra pelo Aviso n.º 840, de 8 de fevereiro de 1918.

Classificado como Transporte de Guerra, sob o comando do Capitão-de-Corveta Benjamim Goulart, fez parte da Divisão Naval em Operações de Guerra (D.N.O.G.), comandada pelo Almirante Pedro Max de Frontin.

Jamais serão esquecidos!

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