Fita de Cobertura de Marinheiro do “Cruzador Rio Grande do Sul”
C11 / C3 (Classe Bahia) da Marinha do Brasil:
Baixa: 8 de junho de 1948.
Cruzador, construído nos Estaleiros Armstrong, New-Castle-on-Tyne, Inglaterra. Teve sua quilha batida em 28 de agosto de 1907, sendo lançado ao mar em 19 de abril de 1909. Foi incorporado à Armada pelo Aviso Ministerial n° 4.709 de 24 de outubro de 1910.
Posteriormente, recebeu o indicativo visual B2. Primeiro navio da Marinha do Brasil a ostentar o nome Rio Grande do Sul em homenagem ao Estado da Federação do mesmo nome.
Em consequência da declaração de guerra do Brasil à Alemanha no período de dezembro de 1917 a março de 1818, o navio passou por modificações executadas pelo Arsenal de Marinha da Ilha das Cobras. O navio chegou em Dakar no dia 26 de agosto. Na véspera da chegada a Dakar, na noite de 25 de agosto de 1918, o Cruzador Rio Grande do Sul e os demais navios pressentiram o perigo de um suposto ataque submarino, percebendo um submarino inimigo nas proximidades e abriram fogo contra o inimigo, que não foi mais avistado. A área de operações determinada pelo Comando Aliado para a atuação da DNOG incluía Dacar, Ilhas de Cabo Verde e Gibraltar, sendo à base de operações no Porto de Gibraltar. Caberia a DNOG patrulhar essa área contra submarinos inimigos, liberando assim navios aliados, desempenhando assim guerra antissubmarino. Enquanto os demais navios da DNOG. percorriam portos do Mar do Norte e do Mediterrâneo, o Cruzador Rio Grande do Sul permaneceu no porto de Dakar durante toda a operação. Em setembro de 1918, ainda durante a Guerra, uma pandemia assolou o mundo, sendo conhecida como gripe espanhola, embora não se saiba exatamente onde iniciou o surto, acredita-se que tenha sido nos Estados Unidos. O surto no navio foi detectado no dia 7 de setembro. No dia 28 de abril de 1919 a DNOG partiu de Gibraltar com destino ao Brasil, sendo recebida de forma festiva em Recife no dia 23 de maio, chegando no Porto de Recife em 9 de junho, sendo saudada e escoltada por navios que estavam próximos ao porto.
A última transformação de grande vulto no navio aconteceu nos anos de 1942 e 1944.
Em julho de 1945, a fim de atender ao serviço de apoio ao transporte aéreo transatlântico do exército estadunidense, foram instalados diversos aparelhos de recepção e transmissão, sendo realizada nova distribuição de antenas, e instalação de outros equipamentos necessários às operações desenvolvidas pelo navio.
Sua lotação compreendia 20 oficiais e 355 praças.
Na Segunda Guerra o Cruzador Rio Grande do Sul integrou a Divisão Naval do Sul com sede em São Francisco do Sul, juntamente com seu “irmão gêmeo” Cruzador Bahia, os Contratorpedeiros Rio Grande do Norte e Sergipe, e o Iate José Bonifácio.
Com a declaração de guerra do Brasil, o Ministro da Marinha determinou que fosse preparada uma Divisão Naval para operações de guerra nos mares europeus. Essa Divisão
seria comandada pelo Contra-Almirante Pedro Max de Frontin e composta dos Cruzadores Bahia e Rio Grande do Sul, Contratorpedeiros Piauí, Santa Catarina, Paraíba e Rio Grande do Norte. Posteriormente foram incorporados à Divisão o Tender Belmonte e o Rebocador Laurindo Pitta.
Ao final da guerra havia navegado 97.642 milhas, em 360,5 dias de mar, na escolta de 61 comboios e no apoio a três operações de ligação aérea com a África. Terminada as operações da Força Naval do Nordeste e recebida a ordem de seu regresso ao Rio de Janeiro, coube a este navio a missão de servir de capitânia, arvorando o pavilhão do então Contra-Almirante Alfredo Carlos Soares Dutra, quando da Revista Naval passada pelo Presidente da República, em 06 de novembro de 1945.
Fonte histórica: Marinha do Brasil.
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