quinta-feira, 2 de maio de 2019

Brig Hélio Langsch Keller - In Memoriam

Brig Hélio Langsch Keller - In Memoriam:


Nome de Guerra: Keller
Patente: 2º Tenente Aviador
Registro: BO-433
Nascimento: 16/03/1924, Rio de Janeiro
Falecimento: 06/12/1991, Rio de Janeiro
Função: Piloto de Combate

Apelido: "IL Matadore" (de "Keller" para "Killer")

Filho do General Floriano Peixoto KELLER e "filho adotivo" de tia Candê (mãe de Lima Mendes), era um respeitado e respeitável Instrutor de Caça. Amava assuntos de tática de emprego.

Keller e Rittermeister nos EUA antes do embarque para a Guerra na Itália:


Piloto de combate da esquadrilha vermelha, tendo completado 95 missões de guerra.


Era também conhecido entre o "Aspirantal" como KELLER, "the killer" ou “El Matador”...

Sua primeira missão foi em 11 NOV 44 e sua última em 01 MAI 45. Em 18 Jun 45, partiu de Pisa para os EUA para levar novos aviões P-47 para o Brasil.


Ao regressar ao Brasil, continuou na FAB.

Exerceu funções várias, na carreira. Foi um dos componentes do grupamento de Pilotos de Caça escolhidos para serem treinados na aeronave a reação P-80 nos USA (Perdigão, Meiras, Goulart e Keller). Comandou o 1o Grupo de Caça já equipado com F-8 Gloster Meteor, no posto de Tenente-Coronel, entre 01 FEV 1957 e 28 JAN 1959, comandou também o 4º Destacamento da FAB no Ex-Congo Belga, a serviço da ONU.




Nos meses de dezembro de 1962 e janeiro de 1963, a Força Aérea da ONU, no Congo entrou em operações de guerra com as Forças de Katanga (Província separatista do Congo, na época), e o Destacamento da FAB, sob o Comando do Ten. Cel. Keller, teve atuação destacada no salvamento de missões religiosas que estavam na eminência de serem sacrificadas.

Leitor incansável, fundou a "Pequena Biblioteca do Piloto de Caça (3o/1o Gp Av Ca)", na certeza de que os pilares da "excelência do piloto de combate", também passava pela cultura especializada.

Pioneiro na preocupação da existência dos "jet streams" na América do Sul (que ameaçavam os nossos deslocamentos em altitude) estimulou estudos "domésticos" para a comprovação do fenômeno e aplicá-los operacionalmente.

Figura que muito se fazia respeitar, a muito pousos concedia intimidades. Por essa razão, era "temido", embora sua verdadeira personalidade fosse a de um "gentleman" e profissional, de pouco riso e mansa índole, que não sabia contar uma anedota mas gostava de "gargalhar" das boas estórias que lhe contavam ...

Para seus subordinados, comandava com base em uma liderança sempre percebida: sua presença "marcava" o momento.

Aos seus comandados, buscando sua orientação e decisão, sempre os recebia com a frase que o caracterizou, como Comandante: "- em princípio NÃO, aviador. Vamos conversar ..."

Ao deixar a carreira, cursou Economia e foi incorporado à equipe da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos - Min. Planejamento). Nessa função, assegurou o financiamento (fato inédito) para o desenvolvimento do Projeto EMBRAER T-27 (US$ 18 milhões), o que garantiu a produção dos protótipos, seus ensaios e as "cabeças de série" da produção.

Decisão muito mais de Aviador do que de economista!

Dados: www.sentandoapua.com.br e ABRA-PC.

Jamais serão esquecidos!

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